Dezoito empresários e ‘laranjas’ presos e 35 caminhões e tratores apreendidos é o saldo, até o momento, da Operação Jenga, desencadeada, na manhã desta quinta-feira, pela Polícia Civil do Maranhão, e que continua em andamento. Os presos estão sendo levados para a Seic.
A Polícia Civil do Maranhão cumpre 22 mandados de prisão e outros de busca e apreensão expedidos pela Justiça. O alvo é uma quadrilha que lavava dinheiro em postos de gasolina da Região Metropolitana de São Luís, comandada pelo empresário e agiota Josival Cavalcante da Silva, conhecido como ‘Pacovan’. Os mandados estão sendo executados na capital em nas cidades de Itapecuru e Zé Doca. Dois integrantes da quadrilha foram presos em Itapecuru Mirim.
Ao todo, a Polícia suspeita que o sistema de lavagem montado por Pacovan movimentou R$ 100 milhões. Os recursos seriam oriundos de corrupção em Prefeituras.
Em um dos imóveis de Pacovan, na BR- 135, foram apreendidos 60 caminhões. Segundo a polícia, os veículos eram entregues como garantia por quem tomava empréstimos com ele.
A lavagem de dinheiro nos postos funcionava à Receita uma venda maior do que a que realmente havia. Com isso, Pacovan conseguia justificar – “esquentar” – recursos ilegais.
As investigações da Polícia Civil que resultaram na operação de hoje desenrolam-se há cerca de um ano. O nome da operação é uma referência a um jogo de empilhamento chamado Jenga, em que uma peça retirada derruba toda a torre.