Por José Maria Costa
Foi um choque psicológico para todos. Por volta de 23 horas do dia 02/05/2020, sábado, recebi uma ligação no meu celular, que dizia: “Faleceu, Bogéa Júnior”. Fui em busca da veracidade da notícia.
Por volta de 23:30 h, li o Márcio Jardim postando e lamentando a notícia em um grupo de whatsapp. E, de repente, todos os grupos de “Zap-zap” repercutiam a morte de Bogéa Jr. E quem é Bogéa Júnior ?
Os mais antigos responderão:
– É o filho do Raimundo Bogéa, lá da rua Grande, que fundou o bloco Barba Azul, na década de 80 e que hoje enaltece, com o seu nome, o edifício do Centro de Eventos, na cidade de Arari. É o sobrinho de Zeca e Zequinha Bogéa, é o sobrinho de Zé Raimundo, da minha tia Maria do Carmo Lima, e irmã de Mulundum, lá da Sapucaia e do Sarará, ex-morador da rua das Flores e neto também do finado Militão, pai de Lico e primo do Igor Charles.
Essa é parte de uma ramagem dos Bogéa, continuarão os mais idosos em busca de uma identidade.
E os mais jovens responderão quê?
– Era um cara muito bacana! Foi um jovem advogado de mais ou menos 50 anos de idade, que formou-se na Universidade Estadual da Paraíba, na cidade de Campina Grande. Que que andava rodeado de amigos, que foi respeitadíssimo como membro da OAB e toda a ‘clarc’ do Direito no Maranhão.
Era torcedor ferrenho do Sampaio Corrêa FC., no Estado de Gonçalves Dias, e um apaixonado pelo Clube de Regatas Flamengo, e que já imortalizava-se com o bordão “Sabe De Quem ?”, disparando em grupos de “uatizapi”, para irritar adversários flamenguistas, principalmente os vascaínos.
Brincalhão, nas grandes datas festivas da cidade natal se fazia presente em Arari. Era regra, virou obrigação da sua vaidade postar-se na avenida Dr. João Lima, embelezando com cultura, amizades e molecagens a calçada do casal Jecé Silva e Iolete, a quem escrevo, e que, com certeza, sentiram uma tristeza profunda com essa partida, e sentirão saudades eternas, no quadro pendurado nas paredes da memória. Por que era ali, nesse local, um dos palcos de gigantes confraternizações.
Bogéa Júnior gostava de Fortaleza, no Ceará; do Maracanã, no Rio de Janeiro. Bogéa Júnior, gostava de gostar.
Como desejo pessoal, quis ser sepultado na sua Arari, num translado emotivo, emocionante e emocional, pelas ruas do centro velho de Arari, que se esparrama ao lado de um Mearim, que o recebeu garboso e risonho.
É parte da trilha sonora da vida humana: viver e morrer. Portanto é preciso viver bem, viver o hoje, o agora, e assim…
continuar seguindo o filho do Carpinteiro.
Antecipadamente manifesto a minha solidariedade a’ dinâmica Câmara Municipal de Arari por reconhecer o dinâmico trabalho do jornalista Nilson Ericeira a’ frente da Secretaria Municipal de cultura.