Qual data devemos comemorar o aniversário de Arari? 1º de junho, 27 de junho ou 8 de janeiro ?
9 de maio de 1864: A Assembleia Provincial do Maranhão recebe e discute em primeira votação proposta de lei que eleva à categoria de Vila (emancipação) a freguesia de N. S. da Graça do Arari.
20 de maio de 1864: Realiza votação do projeto, em segunda discussão.
21 de maio de 1864: Colocada na Ordem do Dia é analisada em terceiro debate.
01 de junho de 1864: Lido sem contestação e aprovado definitivamente, a proposição será encaminhada à sanção governamental.
27 de junho de 1864: Promulgada pelo Poder Executivo a lei que criou a unidade municipal.
07 de setembro de 1864: Realizada a eleição para a primeira Câmara do Concelho.
08 de janeiro de 1865: É instalada a edilidade com a posse dos vereadores que compõem a Câmara e do seu primeiro dirigente.
O ato que criou a municipalidade arariense em 27 de junho de 1864, foi o mesmo que criou o do povoado da Manga, na margem maranhense do rio Parnaíba, região das chapadas. Posteriormente, a povoação que foi próspera e concentrava a economia da região nos dois lados do Velho Monge, perdeu a autonomia. Celebra-se, ainda, naquele vilarejo, a mais antiga procissão religiosa do interior do Estado.
Criado em junho, somente em setembro do mesmo ano houve eleição para sua primeira vereança e em janeiro do ano seguinte foi instalado a municipalidade.
Prudente que sejamos cautelosos ao falarmos sobre acontecimentos que marcam a história arariense, muitas das vezes narrados de maneira desacertada. Nesta linha de raciocínio e pesquisa, reafirmamos que o mesmo já se destacava oficialmente no Reino de Portugal muito antes de alguns fatos relatados equivocadamente sobre os seus primórdios. Em registro do Arquivo Histórico Ultramarino, aparece em 22 de março de 1720; no Cartório da Fazenda Real, em 01 de junho do mesmo ano; e no Conselho Ultramarino, em 16 de outubro. Nesta primeira data Francisco Vieira, administrador de terras incultas, aparece em documento despachado por Bernardo Pereira de Berredo e Castro, historiador e governador do Maranhão, que atende requerimento do sesmeiro concedendo-lhe posse para cultivo de terra por meio de sesmamarias de campo, na parte designada Arary, no Meary, nas sobras que ficaram de Inácio Ferreyra da Mota, as quais se principiavam nas testada das terras de Josepha da Costa, rio abaixo.
A nomenclatura Arary foi alterada para Arari por força da reforma ortográfica simplificada e oficializada em 1911.
Durante 74 anos, sua sede administrativa teve a titularidade de Vila. A partir de 1938, adquiriu o foros de cidade.
Antes de 1833 pertenceu ao município da capital e a partir de então, ao do Baixo Mearim.
A organização judiciária por noventa e seis anos coube a outras cabeças de Comarcas, entre as quais, a de Alcântara, Viana, Anajatuba, Alto Mearim, Baixo Mearim e Vitória do Mearim, até quando foi criada a Comarca de Arari, em 22 de janeiro de 1960, e instalada com o termo de Pio XII em 31 de agosto de 1962, tendo como primeiro Juiz o Dr. Juvenil Amorim Everton.
Nestes 156 anos administrativos o burgo do extremo baixo mearinense teve 59 mandatários, entre presidentes de Câmara, Conselho de Intendência, intendentes e prefeitos.
Texto do historiador João Francisco Batalha
Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Arari, da Academia Ludovicense de Letras e presidente da Federação das Academias de Letras do Maranhão – FALMA.
E-mail: batalha@elointernet.com.br WhatsApp 98 9 8883 0744.
Em 1864 conselho era com C, foi mudança ortográfica também?