A CNBB, em comemoração aos 300 anos do encontro por pescadores da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul, instituiu o Ano Nacional Mariano, que teve início dia 12 de outubro de 2016, concluindo-se aos 11 de outubro de 2017.
Em sintonia com o Ano Nacional Mariano, várias atividades estão sendo realizadas para marcar os 300 anos da imagem de Aparecida e também os 100 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima nas paróquias, dioceses regionais e também ao longo da 55ª Assembleia dos Bispos do Brasil.
A missa do sábado dia 29 de abril, às 7h30, foi dedicada à nossa Senhora, com entronização da imagem, cantos e homilia especial. Bispos e arcebispos de diversas regiões do Brasil receberam, a imagem jubilar de Aparecida, em preparação para as festividades dos 300 anos que serão realizadas em outubro.
Para Dom Guilherme Werlang Bispo de Ipameri (GO), Nossa Senhora apareceu milagrosamente, numa época de escravidão, aos pescadores simples. “Celebrar os 300 anos da aparição em nossas paróquias e dioceses é procurar saber qual a mensagem de Deus, por meio de Maria”, disse.
O Cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, desenvolveu uma maior proximidade com Nossa Aparecida depois que se tornou bispo na região do ABC, em 1975. Para ele, Nossa Senhora tem algo de fascínio. “É como descreve a canção: ‘como eu não sei rezar, só queria mostrar, meu olhar, meu olhar…’, disse.
O Cardeal diz que todos viemos aqui contar nossa história e mostrar o nosso olhar. “Aparecida é essa mãe a quem confiamos nossos sonhos, problemas e decepções”, diz. Foi em Aparecida, lembra o cardeal, que foi escrito um capítulo fundamental da história da Igreja: a 5ª Conferência Episcopal Latino Americana e do Caribe, em 2007.
Papa Francisco e Aparecida
Na ocasião, o Papa Francisco, ainda como Cardeal Bergoglio, esteve presente e desempenhou um importante papel na coordenação da redação do texto final da Conferência. Segundo o secretário-executivo do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), dom Juan Espinoza Jiménez, o ministério do Papa Francisco está enraizado em Aparecida.
À noite, às 18h45, encerrando o Retiro dos Bispos, acontecerá a peregrinação, procissão e celebração Mariana. Para o arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes: “O que mais toca é o testemunho de fé dos romeiros do Brasil todo e sua simplicidade. Isso nos toca e evangeliza”, disse.
Na vida do administrador apostólico de São Luís de Cáceres (MT), dom José Vieira de Lima, a devoção foi despertada logo cedo por meio dos terços que sua mãe rezava. “Desde pequeno a Mãe Aparecida me anima. Especialmente nos meus 26 anos de bispo, aqui me sinto carinhosamente abraçado por Ela”.
Em seus 30 anos de bispo diocesano, dom José Mário, emérito do Rio Grande (RS), lembra das várias comunidades, na diocese que coordenou, que têm Nossa Senhora Aparecida como padroeira. Uma delas, é uma comunidade de Quilombos.
Na Ilha dos Marinheiros, os catadores elegeram nossa Senhora Aparecida como sua mãe e veneram o fato de a mãe ter aparecido para pescadores. “Nossa Senhora está por dentro do coração do povo brasileiro porque ela mesmo escolheu aparecer aos mais simples”, disse. “Assim como os pescadores a levaram para casa, que nós também saibamos acolhê-la em nossa casa e em nosso coração”, disse.
Uma Sessão Mariana a ser realizada, dia 04 de abril, às 18h, encerra as comemorações durante a 55ª Assembleia dos Bispos do Brasil.
Fonte: CNBB