A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (28) explicita um dado que já começava a ser visto em outros levantamentos de intenção de votos: o percentual significativo de votos em branco ou nulos.
No cenário espontâneo (em que não é apresentada uma lista de candidatos para o entrevistado), o percentual de brancos e nulos chega a 31%. Aqueles que não sabem ou não responderam chegam a 28%.
Esses números são expressivos, porque faltando pouco mais de 3 meses para a eleição, 59% dos eleitores não citaram intenção espontânea de votar em algum candidato.
Isso tem sido apontado como um reflexo do desencantamento do eleitor com a política, reforçado pelos escândalos recentes de corrupção e também pela difícil situação econômica pela qual passa o país.
Nos cenários estimulados (em que é apresentada ao entrevistados uma lista de candidatos), os votos brancos e nulos permanecem elevados, com 22% no cenário com o ex-presiente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 33% no cenário sem Lula.
Outro dado que chama a atenção nas pesquisas é a elevada rejeição dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Lula, com 32% e 31% respectivamente.
O ex-presidente Fernando Collor (PTC) também aparece com 32% de rejeição, mas seu partido retirou a pré-candidatura.
No cenário sem Lula, a candidata Marina Silva (Rede) é a mais beneficiada. Na sequência, vem Ciro Gomes (PDT). Eles chegam a dobrar a intenção de voto. Marina pula de 7% para 13% e Ciro de 4% para 8%.
Impopularidade
Já sobre avaliação do governo do presidente Michel Temer, a rejeição recorde de 79% apontada pela pesquisa tem duas motivações: enfraquecimento do governo, explicitado durante a greve dos caminhoneiros; e a agenda negativa das investigações envolvendo o nome de Temer. Com informações do blog de Gerson Camarotti