Não deixa de ser estranha a insistência do governador Flávio Dino (PCdoB) em ter Carlos Brandão (PRB) em sua chapa como candidato a vice-governador. É estranha justamente porque há um entendimento de que Brandão está sim inelegível, porque assumiu o comando do estado em período após dia 7 de abril.
E mais estranha ainda é que dentro das paredes dos Leões já se fala em plano B para o caso de o pedido de registro de candidatura de Carlos Brandão ser negado. O ex-deputado e ex-chefe da Casa Civil Marcelo Tavares (PSB) é a primeira opção dos comunistas para substituir o vice-governador.
Tavares, que é pré-candidato a deputado estadual, já admitiu que o seu nome seria uma alternativa, em caso de impedimento do atual vice.
“Se Brandão estiver impedido, o PSB apresentará meu nome para vice. Isso já está discutido”, destacou ele, acrescentando, contudo, que o entendimento do governo é o de que o ex-tucano pode se candidatar novamente a vice.
Mas sabendo do problema, quais motivos levaram Dino a insistir na composição da chapa com Brandão? Nos bastidores, existe teoria de todo tipo: da que vai da enrolação de Dino para se livrar de Brandão sem ter de enfrentar críticas, chamando o comunista mais uma vez de traidor, até a história de que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) seria o caminho a ser dado a Brandão em caso de inelegibilidade.
Do dia 6 até 15 de agosto, esta situação deve começar a se desenrolar, com a chegada do prazo para pedido de registro de candidatura.
Estado Maior