Conheça o escritor Arariense José Maria Costa

Olá,. Meu nome é José Maria Sousa Costa, sou oriundo de uma cidade de nome Arari, no interior do Estado do Maranhão, há 166,1 km da capital São Luís. Toda a minha base de formação escolar primário/ginasial fiz em colégio católico na minha cidade. Muito moço exilei-me voluntariamente para a cidade de Santos no interior de São Paulo, onde residir de 1979 a 1987. Depois mudei-me para o Rio de Janeiro e fui morar no bairro da Glória, na rua Hermenegildo de Barros, bem ao lado do boêmio bairro da Lapa, depois mudei-me para o bairro do Flamengo. Em 1990, retornei para o Estado de São Paulo e fui morar na cidade de Campinas, e no início de 1991, mudei definitivamente para São Paulo capital. Somos 05 irmãos, o mais novo, Domingos Sálvio é Capitão e Maestro do Exército Brasileiro. Sou um homem de espírito solidário. Mas, sinto-me muito seguro estando só. Sou o pai da Samea e da Tamea. Cursei Educação Fisica e Letras. Estou pendurado no 4° ano de Direito. A minha casa é o meu palco e o meu quarto um local Sagrado.

02.Quando e como se descobriu poeta/escritor. Quem mais te influenciou ?

Um dia eu fui à missa na parte da manhã. Lá na minha Arari. Era um dia de domingo. Mês de abril e período da Semana Santa. Ao término da missa, estava saindo, uma senhora de nome Maria Clara Cardoso (hoje ela tem 80 anos e mora no Rio de Janeiro) me chamou e disse. “ Estamos montando uma peça de teatro, chama-se: Paixão Morte e Ressurreição de Cristo, você não quer participar, está faltando pessoas para papel masculino. Vem me ajudar, tu queres “ ? Bem, eu disse que sim, e a tardezinha fomos ensaiar no Colégio Arariense. Lá, ela me deu o papel de Gestas. Gestas, é o chamado bom ladrão, aquele, a quem Jesus diz, “ hoje mesmo estarás comigo no paraíso”. Ali também encontrei vários amigos meus da turma ginasial que compunham o elenco da peça teatral. Bem, a peça foi montada, apresentada e cada um foi para o seu lado. Eu tinha entre 15 e 16 anos de idade. A minha mãe, lia muito revistas de fotonovelas, recordo bem da Cláudia Cardinalle e Sofia Loren, atrizes italianas, e de repente eu comecei a folhear e lê-las. E comecei a rabiscar os diálogos das revistas num caderno e me interessar. Dias depois fui ao comércio, comprei um caderno grande e 2 caneta. Uma azul, para eu escrever o diálogo dos personagens e outra vermelha, para escrever o nome dos personagens e comecei a escrever uma peça de teatro, baseado na experiência que tive nos ensaios com dona Maria Clara Cardoso. Em um dia eu montei todo o enredo. E em 45 dias eu escrevi a peça de teatro ‘ Castigo Dividido’. Escrevi e montei. Levei ao palco do mesmo Colégio Arariense durante os fins de semana alternados dos meses de novembro e dezembro de 1978. Essa, é a parte que considero de grande influência, do meu despertar para a escrita. Não tenho certeza que se não tivesse feito teatro amador, se me despertaria o dom da escrita. Dali em diante eu passei a ter mais cuidado e guardar os meus rabiscos. Depois passei a publicar poemas, poesias e artigos de opinião no jornal da cidade que se chamava “ o jornal Notícias “. O editor era Padre Brandt, o pároco da cidade de Arari. Depois escrevi e montei e levei ao palco do mesmo Colégio Arariense, a também peça de teatro ‘ Uma Mãe Aventureira’ e mais 02 Monólogos. Eu e uma amiga Domingas Licar, hoje educadora. Que continua morando até hoje na nossa Arari.

03.Já participou ou lançou livros ? Conte-nos um pouco de suas obras.

Sim. Tanto já participei como já lancei livros. Eu já publiquei os livros: 01, Sermão Vermelho ( peça de teatro) 02, Rua da Beira ( poemas e poesias) 03, Água com Bacuri( romance), 04 Lucianna ( romance ) 05, Avenida Arari ( poemas, crônicas e entrevista com Nhen Rodrigues) 06, A Cidade do Vale Encantado ( romance). Sou violonista, desde os 15 anos de idade. Tenho várias músicas compostas. Duas dela gravadas em CD, pelo cantor Arariense Ely Cruz. São elas “ Balada para o Mearim e Cabana “ pode ser encontrada no YouTube.

04.Qual a sua temática preferia. Por quê ?

Em todos os meus romances lançados eu busco a temática regionalista, misturo comédia com dramas, faço nessa escrita uma “ legalização da fofoca”. Quase sempre arrasto para essas páginas personagens, tipo cabeleireiro, manicuras, e outros ingredientes da camada social onde o riso é uma questão de tempo. As pessoas precisam sentir prazer quando leem. E entender o que está lendo.

05.Qual a importância dos concursos literários para poetas/escritores ? Você participa de muitos ?

A importância dos concursos literários é salutar. Muito importante mesmo, é o espaço pra você expor a sua escrita, o seu pensamento e a sua obra. É a porta que aproxima você de outras pessoas, aproxima você do contraditório, coloca você e a tua autoconfiança diante de tantos. Participar de concursos literários é desafiar-se a si mesmo diante de outros. É exibir-se (risos). Eu, participo dentro das minhas possibilidades. Em 2015, fui o 2° colocado no Festival de Poesia na UEMA-MA ( Universidade Estadual do Maranhão), ganhei a estatueta Maria Firmina dos Reis. Para quem está chegando agora, Maria Firmina é considerada a 1ª romancista negra do Brasil. Nasceu em 1825 e faleceu em 1917, aos 92 anos de idade, era quilombola. Úrsula, é o seu romance de 1859, nele ela mostra o negro na sua dimensão humana e o coloca numa posição de sujeito do discurso.

06.Qual o seu escritor/poeta preferido? Por quê?

Eu não tenho um escritor preferido. Não me apego a isso. Gosto de muitos e leio tantos. Na infância/adolescência, li muito a escritora Adelaide Carraro. Na faculdade me debrucei demais sobre Machado de Assis, gosto muito da Literatura Nacional. Poeticamente amo Gonçalves Dias. Sua rítmica, sua métrica solta, sua paixão pela arte de se apaixonar. Patativa de Assaré. Esses homens simples de linguagem simples que me encosta mais perto do saber e do entendimento.

07.Como você vê o cenário literário brasileiro ?

No Brasil, lemos muito pouco. Na verdade causa-nos surpresa e admiração quando encontramos pessoas lendo em metrô, ônibus, a gente fica espantado. Se for jovem ainda, a gente pede pra não chover. A educação pedagógica curricular hoje, atrapalha o Brasil a ler. E isso vai nos tornando mais pobre intelectualmente. Quem não sabe ler, não saberá escrever, veja os textos nas redes sociais. Nem falo de concordâncias, estou falando ortograficamente mesmo. O cenário literário brasileiro hoje ele é pobre de conteúdo, pobre de revelação, lógico, aqui entra as máfias das editoras. Falta patrocinadores para a renovação. Quem vai apostar na escrita? Pra quem (qual público), um jovem escritor está escrevendo? Qual é o pensamento sociopolítico desse jovem escritor? Quais os seus remendos e as suas críticas? Qual é a sua filosofia literária? Qual círculo social ele pertence? Quais portas podem lhe serem abertas? Essas arguições são temáticas do cotidiano no mundo literário. Bom seria, se as Escolas, fossem as veias para quem gosta e quer ler. Não é. As escolas hoje são didáticas e torna mentalmente o aluno preguiçoso.

08.Planos para o futuro e contato.

Estou ensaiando e vou lançar um CD com 08 músicas autoral/inéditas. E pretendo lançar 01 romance e uma peça de teatro, tipo Monólogo. Estou com vontade de voltar a morar no Rio de Janeiro. Adoro o Rio de Janeiro, não estou entre aqueles que tem medo do Rio. O Rio de Janeiro é somente e tão somente um pedaço do Brasil e cada um vê o que quer ver. Eu estou no:

Fonte:Diário da poesia

 

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