Por Adenildo Bezerra
A história da fé católica em Arari tem raízes profundas, que remontam ao início do século XIX. Em agosto de 1806, o português Lourenço da Cruz Bogéa fundou a primeira igreja do lugar — na verdade, uma modesta capela — para atender à religiosidade da pequena população local.
Com o passar dos anos e o natural crescimento do povoado, a antiga capela já não comportava mais a comunidade, que clamava por um espaço maior e mais adequado para as celebrações. Foi então que, em 1932, o Padre Eliud Nunes Arouche e seu irmão, Manoel Nunes Arouche, lançaram uma importante campanha para a construção de uma nova igreja, mais ampla e condizente com a fé e o desenvolvimento da cidade.
Unindo forças com a população católica da época, os irmãos padres mobilizaram a comunidade, incentivando doações de materiais de construção e o início das obras. Nessa empreitada, destacou-se também a ex-prefeita Justina Fernandes, ao lado de suas irmãs, que assumiram a nobre missão de coordenar as arrecadações e promover eventos para angariar recursos.
Apesar do esforço inicial, a construção passou por um período de paralisação. Somente em 1944, com a chegada do Padre Clodomir Brandt e Silva a Arari, as esperanças se renovaram. Dedicado e carismático, Padre Brandt assumiu a frente da missão e, junto à comunidade, deu continuidade à campanha para a conclusão da obra.
Graças ao esforço coletivo, a nova igreja finalmente ficou pronta, tornando-se a majestosa Igreja Matriz de Arari. Hoje, ela é considerada um dos mais belos templos da região e um dos principais patrimônios arquitetônicos da cidade, símbolo da fé, da união e da perseverança do povo arariense.