O município de Arari localizado no portal da baixada maranhense, cortada pelo majestoso rio Mearim, é conhecido no âmbito maranhense como celeiro cultural. Uma cidade de um povo acolhedor que respira a cultura, mas ao longo dos tempos isso vem se acabando aos poucos. Uma cidade cultural de grandes poetas e escritores que costumeiramente é lançado livros neste pequeno munícipe. Conhecida nacionalmente pela pororoca, um fenômeno que acontece no Maranhão especificamente em Arari, na comunidade de Curral da Igreja. Arari de suas festas tradicionais que já não existem mais, do festival da melancia que a cada ano vem encolhendo aos poucos.
Arari, órfão do teatro aberto. Quantas vezes a sexta- feira santa era o teatro a céu aberto na Avenida Dr. João da Silva Lima, encenada pelo saudoso teatrólogo, Bill de Jesus. Arari conseguia atrair cidades vizinhas para ver este grande espetáculo que um dia foi apresentado em nossa cidade. Hoje, só no resta saudades dos bons tempos.
Assim também como a companhia Terra Viva, dos irmãos Jean Pestana e Leliz Pestana, que tentam manter este teatro aberto em Arari, mas este ano ficamos órfãos deste teatro. Nossa cultura a cada ano que passa vem perdendo seu espaço na gleba, dito por muitos como o celeiro cultural maranhense.
A sexta feira da paixão de Cristo, ao longo dos anos era um teatro aberto, respeitando a Igreja. E o que oferecemos hoje aos visitantes? E nossas companhias porque não deram seguimentos a este grande espetáculo que o arariense gostava de ver e que não se importava de estar ali espremido para apreciar cada cena? E o poder público o que fez e o que não fez para que chegassem a este estado zero com o tetro céu aberto? É preciso que busquem alternativas para que a nossa história não caia no esquecimento e que cheguem às gerações vindouras.
Arari ,órfão de uma cultura viva e presente no seio do arariense.