Por Valdo Cruz do G1
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/q/k/BWfTWnSgOVuPO1lx1xeA/temer.jpg)
O presidente Michel Temer (Foto: Alan Santos/PR)
O presidente Michel Temer ficou “chateado” com o novo impedimento jurídico para a posse de Cristiane Brasil (PTB-RJ) no Ministério do Trabalho, mas vai insistir na ida da deputada para a pasta por dois motivos: tentar acabar com o que o Palácio do Planalto classifica de interferência de juízes de primeira instância em atos privativos da Presidência da República; e mostrar aos aliados que o governo cumpre seu compromissos e banca quem está a seu lado.
“Ele [Temer] não gostou, é claro, ficou chateado, mas a decisão foi provisória e o presidente vai manter a indicação de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho”, disse ao blog o vice-líder do governo na Câmara, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).
Segundo Perondi, o governo precisa insistir na nomeação para que ela seja “demarcadora” do ponto de vista jurídico e “acabe com essa confusão de juízes interferindo em decisões que são privativas do presidente”.
O deputado lembra que caberia ao STF fazer esse tipo de análise sobre atos da Presidência da República.
A nomeação de Cristiane Brasil foi publicada no dia 4 de janeiro, mas desde então sua posse tem sido suspensa por decisões jurídicas. No sábado (20), o governo havia conseguido uma liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que garantia a posse da deputada, mas, nesta segunda-feira (22), uma decisão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, voltou a impedir a cerimônia que estava marcada para esta manhã no Palácio do Planalto.
Temer queria viajar para Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial de Davos, com a situação da deputada do PTB resolvida. Agora, espera que na sua volta seja possível dar posse à petebista, por acreditar que o Supremo pode reconhecer que não há impedimentos legais para a posse da filha do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.