14 cearenses trabalhavam em um povoado do município de Vargem Grande, sem receberem salários e comiam apenas ovos e mortadela.
Na cidade de vargem Grande polícia civil, com apoio Guarda Municipal, realizou uma operação e resgatou 14 trabalhadores que eram mantidos em condições análogas à escravidão, no povoado Mucambo, em Vargem Grande.
Segundo a polícia, todos eram cearenses e foram atraídos ao Maranhão com a falsa promessa de alimentação, salários dignos e boas condições de trabalho.
De acordo com o delegado Bruno Sobreira, ao chegarem em Vargem Grande, as vítimas foram submetidas pelos contratantes a uma jornada de 12 horas diárias, sendo acomodadas em alojamentos sem água encanada ou banheiros, além de uma fraca alimentação.
“A denúncia chegou pelos trabalhadores, quando eles conseguiram se conectar à internet e avisar os parentes no Ceará. Eles são de Uruoca (CE) e foram encontrados em péssima situação, com fome, e se alimentavam de mortadela e ovos”, disse o delegado.
Os trabalhadores também contraíram dívidas antecipadas com os empregadores, a título de adiantamento, e por isso eram obrigados a trabalhar em outro estado nas condições degradantes em que foram encontrados.
As vítimas só receberiam os salários quando retornassem ao Ceará, após três meses de trabalho. Por isso, durante o período, eles não tinham acesso a qualquer outro recurso, e dessa forma não poderiam voltar ao Ceará.
Dentre as vítimas, havia uma mulher, dois menores e um senhor de 59 anos, que era obrigado a caminhar pelo matagal por até duas horas em busca da palha de carnaúba. Após serem resgatados, todos foram amparados por profissionais da Secretaria de Assistência Social de Vargem Grande.
No local, foi preso um dos representantes dos empregadores das vítimas, um homem de 41 anos de idade, pela participação nos crimes. Segundo a polícia, as investigações vão continuar, no sentido de identificar os demais participantes. Com informações do G1MA/ Foto: Divulgação/Polícia Civil