Por mais absurdo e vergonhoso que pareça, as eleições para o Legislativo no Maranhão, e de resto em boa parte do Brasil, ainda pode ser modificada pela Justiça Eleitoral.
Isso se deve por conta de candidatos que participaram da disputa sub judice, e por esse motivo, até o momento, não tiveram seus votos validados. No entanto, caso consigam reverter o quadro na Justiça Eleitora, a validação desses votos modificará o resultado do dia 08 de outubro para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal.
O parlamento estadual, duas candidaturas que não tiveram seus votos computados – Hemetério Weba (PP) e Sayd Zaidan (PT) – caso consigam reverter a situação, acabam modificando a composição dos 42 eleitos.
Se os 32.328 votos de Weba forem contabilizados, ele não se elegerá, mas dará a eleição para o primeiro suplente da coligação “Todos pelo Maranhão” (Chapão do Governo), Edivaldo Holanda (PTC). Isso acontecendo, o prejudicado será o Pastor Cavalcante (PROS), pois a sua coligação elegeria apenas um parlamentar.
Já no caso dos 1.780 votos do petista Sayd Zaidan serem validados, o beneficiado será o PT, pois fará mais um deputado e quem seria eleito é o primeiro suplente Luiz Henrique Lula da Silva. O prejudicado com uma eventual reviravolta seria Ricardo Rios (PDT).
Infelizmente, se repete na Câmara Federal. O ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad teve 23.320 votos, mas seus votos não foram contabilizados. Se a Justiça Eleitoral reverter e validar os votos de Murad, o primeiro suplente do “Chapão da Oposição”, Wolmer Araújo (PV) se elegeria e o deputado reeleito Juscelino Filho (DEM) do “Chapão do Governo” perderia a vaga.
Situações lamentáveis e que podem se arrastar durante os quatro anos, proporcionando um entra e sai desnecessário de parlamentares, dando a impressão de que quem acaba decidindo não é o eleitor, mas sim a Justiça Eleitoral.
Já passou da época de se encontrar um mecanismo para esgotar todas as ações na Justiça Eleitoral antes do pleito e só poder concorrer quem efetivamente terá seus votos validados, seria uma excelente maneira de respeitar a democracia e o eleitor. Com informações Jorge Aragão