Por Adenildo Bezerra
Está em debate a possibilidade de concessão do adicional de insalubridade aos professores, medida que vem sendo considerada por especialistas, sindicatos e órgãos legislativos como uma forma de reconhecer os diversos riscos a que esses profissionais estão expostos em seu ambiente de trabalho.
Além de lidar diariamente com salas lotadas, estrutura física muitas vezes inadequada e sobrecarga de tarefas, os professores enfrentam riscos físicos, como problemas de voz causados pelo uso contínuo da fala, lesões musculares por má ergonomia e exposição a ambientes com ventilação precária e barulhentos.
No entanto, os perigos não param por aí. Os riscos psicossociais são alarmantes: estresse crônico, ansiedade, depressão e síndrome de burnout estão entre os transtornos mais frequentes entre docentes. A pressão por resultados, a indisciplina, a violência nas escolas, a falta de valorização profissional e o acúmulo de funções contribuem significativamente para o adoecimento mental desses trabalhadores.
Diante desse cenário, cresce o entendimento de que a concessão do adicional de insalubridade não é apenas uma questão financeira, mas de justiça social e reconhecimento da complexidade e dos desafios enfrentados pelos educadores no exercício de sua profissão.