6,6 milhões pessoas tiveram cadastro negado para receber auxílio emergencial do governo

Pode ter sido em vão a espera de 6,6 milhões brasileiros para receber o auxílio emergencialde R$ 600 a trabalhadores informais durante a crise do novo coronavírus. A Dataprev, empresa que analisa os dados enviados ao Ministério da Economia, informou, nessa quarta-feira (15/4), que só 16,4 milhões dos 23 milhões de informais que solicitaram o auxílio no aplicativo da Caixa na semana passada tiveram o cadastro aprovado para receber o benefício.

Responsável pela checagem dos dados informados pelos trabalhadores no aplicativo, a Dataprev não informou o motivo que levou 6,6 milhões de trabalhadores a terem o cadastro negado.

Ministério da Cidadania, que está coordenando o pagamento do benefício emergencial, informou que o ministro Onyx Lorenzoni faria um pronunciamento nesta quinta-feira (16/4).

O governo tem lembrado que os R$ 600 só serão pagos a quem se encaixar em todos os critérios da lei que instituiu o benefício emergencial. O trabalhador precisa ter mais de 18 anos, renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 3.135) ou renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50) e não pode ter tido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

Segundo o Ministério da Cidadania, o número de beneficiados pode chegar a 71 milhões de brasileiros — 17 milhões a mais que o previsto inicialmente. E essa ampliação pode forçar o governo a aumentar o orçamento do programa, o que não será um problema, segundo o Ministério da Economia.

“Caso haja uma demanda além dos R$ 98,2 bilhões que estão alocados para essa medida, o governo federal analisará”, afirmou o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.

Em nota técnica, o Ministério da Economia informou que, se necessário, o governo não vai se opor a liberar recursos adicionais caso avance no Congresso o projeto que busca ampliar o escopo de trabalhadores aptos a receber os R$ 600. Aprovada pelo Senado, a proposta aguarda a votação da Câmara dos Deputados e prevê o pagamento do benefício a cerca de mais 20 profissões, além dos informais – entre elas, agricultores familiares, caminhoneiros, motoristas de aplicativo, diaristas e garçons. Segundo o governo, o impacto desse projeto será de R$ 15 bilhões. Por: Da redação com informações do Correio Braziliense e Oimparcial

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