Após denunciar Temer, Janot diz que ‘ninguém está acima da lei’

Em mensagem a procuradores do Ministério Público Federal, procurador-geral da República disse que ‘horas mais graves exigem as decisões mais difíceis’

Depois de denunciar o presidente Michel Temer (PMDB) e o ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção passiva a partir das delações do Grupo J&F, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou uma mensagem aos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) em que afirmou que “as horas mais graves exigem as decisões mais difíceis” e que “ninguém está acima da lei ou fora do seu alcance”.

Janot ressaltou que fez a denúncia “em razão das responsabilidades inerentes” à sua posição de chefe da Procuradoria-Geral da República, cargo que ele deixará no dia 17 de setembro. “Num regime democrático, sob o pálio do Estado de Direito, ninguém está acima da lei ou fora do seu alcance, cuja transgressão requer o pleno funcionamento das instituições para buscar as devidas responsabilidades”, diz Rodrigo Janot no texto.

O procurador-geral da República classifica a Operação Lava Jato como a “maior investigação sobre corrupção do planeta” e diz que a investigação “reuniu poucas forças contrárias”. “Posturas reacionárias somaram-se a visões patrimonialistas. Uma atmosfera ácida formou-se. Nossa jornada nunca foi fácil, mas o caminho do Ministério Público nunca o foi”, afirma Janot, que prega “união institucional” na mensagem.

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