Dura realidade: Aumentam casos de feminicídio no Maranhão

Por G1 MA

Aumentam casos de feminicídio no Maranhão

Aumentam casos de feminicídio no Maranhão

Dados do Departamento de Feminicidio do Maranhão revelam que ocorreram 25 mortes de mulheres em 2015. Em 2016 o número subiu para 28 mortes; e em 2017 foram registradas 47 mortes de mulheres no Maranhão.

O levantamento aponta que os números de assassinatos de mulheres no maranhão são um dos mais altos do país. Segundo a Delegada do Departamento de Feminicídio, Viviane Azambuja, a maior causa da violência é o inconformismo do homem com o fim do relacionamento.

“Infelizmente são histórias que se repetem. São histórias de machismo exacerbado, onde a mulher é tida como se fosse um objeto. O homem é aquele ser dominante que não aceita o término de um relacionamento. A maioria dos casos é a pessoa não se conformar em ter perdido aquele objeto”, declarou.

Desde novembro de 2017, vítimas da violência contam com um plantão 24 horas na Casa da Mulher Brasileira, em São Luís, para incentivar as mulheres a denunciar o agressor.

Após a instalação do plantão, a Delegacia da Mulher registrou um aumento de pedidos de medida protetiva de 200 para 300 pedidos por mês. De acordo com a delegada da Delegacia da Mulher, Wanda Moura, a medida protetiva acontece de forma rápida.

“No mesmo dia em que esse pedido é feito na Delegacia é encaminhado ao poder judiciário. Também com celeridade o judiciário está deferindo essas medidas, que é uma forma de proteger essa mulher de manter esse agressor distante dela”, afirmou Wanda.

Casos de feminicídio no Maranhão cresceram em 2017, de acordo com dados do Departamento de Feminicídio. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Casos de feminicídio no Maranhão cresceram em 2017, de acordo com dados do Departamento de Feminicídio. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Segundo a Psicóloga Artenira Silva, identificar a violência sofrida no ambiente familiar é um passo que não deve ser negligenciado, mas também é preciso um olhar mais amplo sobre todos os envolvidos quando a violência termina em feminicídio.

“É de fundamental importância que todas as crianças e familiares que coabitavam com a mulher que faleceu ou com o assassino efetivamente tenham sido encaminhadas para acompanhamento psicosocial. Porque se elas não tiverem suporte para lidar com a gravidade, com a dor e o sofrimento deste fenômeno elas vão reproduzir a violência muito rapidamente e retroalimentar o fenômeno da violência doméstica”, explicou a psicóloga.

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