Justiça Federal põe em liberdade suspeita de contrabando no Maranhão

A Justiça Federal revogou nesta segunda-feira (30) a prisão de acusados de envolvimento na quadrilha de contrabando de armas, bebidas e cigarros no Maranhão. A decisão dá liberdade condicional aos que ainda não tinham sido beneficiados com a prisão. São eles:

  • O ex-vice prefeito de São Mateus, Rogério Sousa Garcia.
  • Delegado Tiago Mattos Bardal.
  • Coronel Reinaldo Elias Francalanci.
  • Soldado Fernando Paiva Moraes Junior .
  • Major Luciano Fabio Farias Rangel.
  • Sargento Joaquim Pereira de Carvalho Filho.
  • Além de Galdino do Livramento Santos e Evandro da Costa Araújo.
Rogério Sousa fez um áudio em que aponta a participação de deputados e um secretário participando do esquema criminoso (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Rogério Sousa fez um áudio em que aponta a participação de deputados e um secretário participando do esquema criminoso (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Dentre todos os citados, apenas o ex-superintendente de investigações, Tiago Bardal, não será solto. Ele ainda cumpre outra prisão preventiva no âmbito estadual relacionado a um caso de contrabando em Viana.

Tiago Bardal não será  solto porque teve prisão preventiva decretada pela justiça em outro caso de contrabando no âmbito estadual (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Tiago Bardal não será solto porque teve prisão preventiva decretada pela justiça em outro caso de contrabando no âmbito estadual (Foto: Reprodução/TV Mirante)

O juiz Luiz Régis Bomfim Filho fixou algumas condições para a condição de liberdade condicional aos envolvidos no processo:

  • Recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semanas.
  • Com exceção de Galdino do Livramento e Evandro da Costa, todos os outros deverão ser monitorados com tornozeleira eletrônica.
  • O comparecimento periódico em juízo para informar e justificar atividades. No caso de Rogério Garcia, delegado Tiago Bardal, coronel Francalanci, major Rangel e do sargento Joaquim Pereira, o comparecimento será bimensal. Para o soldado Fernando Paiva será mensal, enquanto para Galdino do Livramento e Evandro da Costa será trimestral.
PM Fernando Paiva disse em audiência que foi coagido a incriminar delegados e deputado no Maranhão no esquema de contrabando

PM Fernando Paiva disse em audiência que foi coagido a incriminar delegados e deputado no Maranhão no esquema de contrabando

  • Com exceção de Galdino do Livramento e Evandro da Costa, a liberdade só será concedida após o pagamento de fiança. Para ex-vice prefeito Rogério Sousa, delegado Tiago Matos Bardal, major Luciano Rangel e o sargento Joaquim Pereira deverão pagar o valor de 30 mil reais. Já o soldado Fernando Paiva e o coronel Francalanci o pagamento será de 15 mil.
Coronel Francalanci deve pagar 15 mil reais de fiança para obter liberdade com uso de tornozeleira eletrônica (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Coronel Francalanci deve pagar 15 mil reais de fiança para obter liberdade com uso de tornozeleira eletrônica (Foto: Reprodução/TV Mirante)

  • Deverão comunicar ao Juízo sobre mudança de endereço ou ausência da residência, por mais de 15 dias.
  • Estão proibidos de manter contato com os demais denunciados e/ou eventuais investigados que tenham relação com os fatos delitivos em apuração.
  • Estão proibidos de ter acesso e/ou frequência no sítio localizado no Quebra Pote, em São Luís, onde um grupo foi flagrado em posse em posse de armas, bebidas alcoólicas e cigarros contrabandeados. A operação foi realizada pela Polícia Militar na madrugada do dia 21 de fevereiro.
  • Além disso, o delegado Bardal, o coronel Francalanci, o soldado Fernando Paiva , o major Luciano Rangel e o soldado Joaquim Pereira, deverão ter o exercício da função pública suspenso.
'Major Rangel' era subcomandante do 21º Batalhão da PM e é suspeito de contribuir com uma quadrilha de contrabandistas (Foto: Reprodução/TV Mirante)

‘Major Rangel’ era subcomandante do 21º Batalhão da PM e é suspeito de contribuir com uma quadrilha de contrabandistas (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Por fim, o juiz manteve a liberdade provisória de José Carlos Gonçalves, Aroudo João Padilha Martins, Edmilson Silva Macedo e Rodrigo Santana Mendes, e o advogado Ricardo Jefferson Muniz Belo – que foi encontrado junto com o delegado Tiago Bardal próximo a um porto privado que servia para receber as mercadorias contrabandeadas, segundo a SSP.

Caso contrabando por policiais

O major Luciano Rangel era o subcomandante do 21º Batalhão da Polícia Militar, que fica na zona rural de São Luís. Segundo as investigações da Secretaria de Segurança Pública, o ‘major Rangel’ e outros cinco policiais usavam uma viatura da PM para fazer a escolta de caminhões que transportavam cargas ilegais.

Segundo a SSP, Rangel fazia parte de uma quadrilha de contrabandistas que foi desbaratada no mês de fevereiro. Dessa mesma quadrilha, a polícia diz que já encontrou dois galpões clandestinos. Os depósitos foram encontrados na zona rural de São Luís com uma grande quantidade de bebidas e cigarros avaliada em 100 milhões de reais.

Prisões da suposta quadrilha

Entre os presos por participação na quadrilha de contrabandistas estavam: O delegado Tiago Bardal, que era superintendente estadual de investigações criminais; o ex-vice-prefeito da cidade de São Mateus, Rogério Sousa; o coronel da Polícia Militar, Reinaldo Elias Francalanci; e o major Luciano Rangel.

Ao todo, 13 pessoas vão responder pelos crimes na Justiça Federal, mas sete não foram denunciadas. Entre elas, estão o tenente-coronel Eriverton Nunes Araújo, que teve prisão decretada pela Justiça Federal e está solto por falta de provas, segundo o Ministério Público do Maranhão.

Além dele, o advogado Ricardo Jeferson foi denunciado, mas vai responder em liberdade. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ele foi encontrado junto com o delegado Tiago Bardal próximo a um porto privado que servia para receber as mercadorias contrabandeadas.

SSP acusa advogado Ricardo de estar com o delegado Tiago Bardal próximo a um porto que servia para receber mercadorias contrabandeadas (Foto: Reprodução/TV Mirante)

SSP acusa advogado Ricardo de estar com o delegado Tiago Bardal próximo a um porto que servia para receber mercadorias contrabandeadas (Foto: Reprodução/TV Mirante)

 As informações são do G1,MA

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