Pista do Aeroporto Marechal Cunha Machado oferece riscos, alerta deputado

oimparcial

Nem bem os problemas provocados pelas rodovias federais que cortam o Maranhão foram diminuídos, surge uma nova causa para os políticos maranhenses se debruçarem. E, mais uma vez, trata-se de espaço de domínio federal: o Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado.
A denúncia foi feita pelo deputado Sérgio Frota (PSDB), partindo de relatos de um piloto experiente que já fez diversas viagens passando por São Luís. Segundo falou o deputado, a pista de pouso e decolagens do aeroporto está em péssimo estado de conservação, com muitos buracos ao longo da via e pedaços de pedra e asfalto soltos, situação que pode provocar acidentes graves.
“Asfaltos com pistas irregulares, blocos de concretos e buracos comprometem não somente o pouso de aeronaves, mas a segurança de passageiros e da comunidade na região próxima do aeroporto. A questão merece um olhar mais atento de nossas lideranças”, falou Sérgio Frota, chamando a atenção dos demais deputados presentes à sessão.
Relatório
O discurso do deputado estava baseado em Relatório de Prevenção elaborado e apresentado pelo comandante da Gol Linhas Aéreas Francisco Cabral. Hoje, o documento completa exatos cinco anos (foi elaborado em 14 de abril de 2011) que foi apresentado ao Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer).
Segundo relatou o piloto nas 14 linhas do documento, em períodos de chuvas, a pista do aeroporto fica inadequada para o pouso de aeronaves. Ele cita, como fatores, pista altamente escorregadia, asfalto totalmente irregular e enormes poças d’água na pista, o que fez com que a aeronave derrapasse na rolagem após o pouso.
No final, o texto é bem claro: “Durante uma aproximação na pista 06 de São Luís-MA, com chuva, desaconselho o pouso de aeronaves nesta pista devido aos pontos acima mencionados e à precariedade do asfalto e do coeficiente de atrito (muito ruim)”.
O relatório é complementado com fotos da pista, onde aparecem remendos no asfalto, pedaços que se soltaram sendo transportados em um veículo da Infraero e outros ainda presentes na pista.
Para experientes
Sérgio Frota disse ainda, segundo relatos do piloto, que uma operação com pista molhada em São Luís não pode ter a participação do copiloto e é sempre feita com a frenagem máxima. Documento encaminhado ao comandante diz o seguinte: Operação com Pista Molhada em SBSL – Operação exclusiva do comandante, pouso com flap 40, auto brake máximo, auto speed brake operacional, componente de vento de cauda zero e proibida operação com chuva moderada ou forte.
O texto é completado da seguinte forma: “Sempre que a operação em ‘São Luís’ ocorrer com pista ‘molhada’, avaliar e informar o Piloto Coordenador das condições de frenagem e estabilidade lateral da aeronave”.
Medidas urgentes
Sérgio Frota, deputado estadual (PSDB)

Como forma de pedir medidas urgentes, Sérgio Frota apresentou uma Indicação (nº 213/16), onde solicita a recuperação das pistas de pouso do aeroporto de São Luís, argumentando que a falta de cuidado na infraestrutura das pistas causa grandes prejuízos para as companhias, uma vez que os pilotos não pousam em pistas inadequadas.

A denúncia feita por Frota foi acolhida pelo deputado Vinicius Louro (PR), que presidia a sessão naquele momento. “Sugiro que a denúncia seja levada ao conhecimento da Comissão de Obras da Assembleia Legislativa, tendo em vista que ela tem o poder de analisar, cobrar e aprofundar a questão”, disse Vinicius, acrescentando que, em 2015, esta mesma comissão esteve por duas vezes no aeroporto para ver a situação dos espaços destinados ao trânsito e permanência de passageiros e acompanhantes.
oimparcial.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *