Planalto Trabalha com a possibilidade de candidatura de Michel Temer a reeleição.

Mesmo com as negativas oficiais de que Michel Temer prepara o terreno para se candidatar neste ano, o Palácio do Planalto já trabalha com o cenário de o presidente entrar na disputa eleitoral para defender o governo.

Desde o fim do ano passado, Temer tem ouvido de interlocutores mais próximos que deveria entrar na disputa, pois, caso contrário, corre o risco de repetir o mesmo cenário de 1989, quando José Sarney não teve candidato que defendesse o governo, sendo duramente atacado por todos os presidenciáveis.

De forma pragmática, o reconhecimento é o de que Temer terá chance remota na disputa por ter elevado índice de desaprovação entre os eleitores.

Além disso, de forma reservada, auxiliares do presidente reconhecem que a entrevista do marqueteiro de Temer, Elsinho Mouco ao jornal “O Globo” foi desastrosa por explicitar uma estratégia em curso no Planalto.

Até o recesso parlamentar, a reforma da Previdência era tida como a solução política para o governo, que daria o trunfo eleitoral com a recuperação da economia.

Mas o cenário mudou e, agora, com a intervenção federal na segurança do Rio, assessores avaliam que o tema pode aumentar o capital político de Temer. Por isso, o governo tem priorizado o tema da segurança pública.

Num primeiro momento, Temer estudava lançar um nome para defender o legado do governo, mas com o afastamento do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o tom crítico do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e as dificuldades eleitorais do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ganhou força no governo a tese de eventual candidatura de Temer à reeleição.

Jucá

Mais cedo, nesta quarta, o presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), afirmou que o nome de Temer é uma opção do partido para as eleições presidenciais.

“O presidente Michel Temer é uma opção do MDB para ser candidato a presidente da República se ele assim entender. O partido defende candidatura própria, nós temos várias opções de candidatura própria e vamos trabalhar no sentido de termos candidatura própria. Se será ou não o presidente Michel Temer, o tempo vai dizer”, afirmou.

Gerson Camarroti

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