O PSDB mudou de posição duas vezes de ontem para hoje em relação à apresentação do recurso. Pressionado pelas redes sociais de que o fatiamento abriria uma brecha política para desmembrar o processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados, Aécio articulou ao longo desta quinta com caciques tucanos para entrar com a ação no Supremo.
Os advogados do PSDB foram acionados na tarde desta quinta, após os dirigentes do partido fecharem questão em torno do recurso.
Nota atualizada às 18h40:
No início da noite desta quinta, o PPS também decidiu apoiar a ação contra o fatiamento definido pelo Senado na votação final do julgamento do processo de impeachment. O acerto foi feito em uma conversa telefônica entre Aécio e o presidente do PPS, Roberto Freire (SP).
Até então, o PPS resistia em ajuizar um recurso para questionar o resultado do julgamento
“O PSDB foi prudente até tomar a decisão”, disse ao Blog o senador Aécio Neves.
Segundo o presidente do PSDB, o argumento até esta quarta era de que se o partido entrasse com a ação poderia abrir precedente para o Supremo reavaliar todo o julgamento. No entanto, o posicionamento mudou depois que várias ações foram protocoladas na Suprema Corte com o mesmo objetivo.
A expectativa agora é com a possibilidade de o PMDB também apoiar a ação. Nesta quarta, o presidente Michel Temer já havia manifestado seu apoio pessoal contra o fatiamento. Caso o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), aceite, ficaria em sintonia com o pensamento de Temer.
Nota atualizada às 18h56:
O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), informou na noite desta quinta ao Blog que o partido também vai assinar o recurso que irá pedir a inegibilidade de Dilma.