Em conversa telefônica no final da tarde desta quinta (1º), o presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), acertou com o senador Aécio Neves (MG) – presidente tucano – que os dois partidos irão ingressar conjuntamente no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a decisão que permite à ex-presidente Dilma Rousseff ocupar cargos públicos.

O PSDB mudou de posição duas vezes de ontem para hoje em relação à apresentação do recurso. Pressionado pelas redes sociais de que o fatiamento abriria uma brecha política para desmembrar o processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados, Aécio articulou ao longo desta quinta com caciques tucanos para entrar com a ação no Supremo.

Os advogados do PSDB foram acionados na tarde desta quinta, após os dirigentes do partido fecharem questão em torno do recurso.

Nota atualizada às 18h40:

No início da noite desta quinta, o PPS também decidiu apoiar a ação contra o fatiamento definido pelo Senado na votação final do julgamento do processo de impeachment. O acerto foi feito em uma conversa telefônica entre Aécio e o presidente do PPS, Roberto Freire (SP).

Até então, o PPS resistia em ajuizar um recurso para questionar o resultado do julgamento

“O PSDB foi prudente até tomar a decisão”, disse ao Blog o senador Aécio Neves.

Segundo o presidente do PSDB, o argumento até esta quarta era de que se o partido entrasse com a ação poderia abrir precedente para o Supremo reavaliar todo o julgamento. No entanto, o posicionamento mudou depois que várias ações foram protocoladas na Suprema Corte com o mesmo objetivo.

A expectativa agora é com a possibilidade de o PMDB também apoiar a ação. Nesta quarta, o presidente Michel Temer já havia manifestado seu apoio pessoal contra o fatiamento. Caso o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), aceite, ficaria em sintonia com o pensamento de Temer.

Nota atualizada às 18h56:

O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), informou na noite desta quinta ao Blog que o partido também vai assinar o recurso que irá pedir a inegibilidade de Dilma.