Ao mesmo tempo, o resultado da eleição mostra uma fragmentação do centrão. O grupo de partidos que é liderado por Cunha diminuiu de tamanho com o resultado da votação. Até então, as lideranças do centrão proclamavam ter o controle de 300 deputados. A eleição de Maia mostra que o grupo ainda é expressivo, mas deixou de ser majoritário.
No Palácio do Planalto, o presidente em exercício Michel Temer sabe que continuará dependendo do centrão. Mas essa dependência será menor. Ao mesmo tempo, houve uma discreta comemoração de interlocutores mais próximos de Temer: o estilo faca no pescoço adotado por Eduardo Cunha perdeu o protagonismo com essa eleição. Com Cunha esvaziado, o Planalto ganha folga para negociar com a Câmara.