Por José Maria Costa

 

E a nossa Arari chega aos 155 anos. Uma criança em termos de cidade. Politizada, faz-se necessário ser dito.

Desses 155, eu a vi esparramar campos à fora. Nesses meus 55, eu conheci a minha Arari que iniciava na rua Grande, paralela ao rio Mearim. Da ponte do Nema a rua do Tucum, na rua da Beira na esquina de Benedito Pirulito. A rua da casa do Padre, desde a casa comercial de Dodô, já entrando na rua Nova, e a rua da Barata, que através da hoje Estrada Velha, fazia a ligação com carros com a BR, como chamávamos à época.

Claro que havia outras ruas importantes, evidentemente. Mas, o miolo de Arari era esse, as entradas e saídas.

A hoje sede da Prefeitura, era a casa do “ pai Tuna”, avô do Welson Calmon, onde a dona Gracinha mantinha uma escola particular. Ao lado dessa residência, ainda na rua da Barata, funcionava um posto de saúde.

Vi o Biné Abas, então prefeito municipal abrir a avenida Dr. João Lima. Tunica de Antônio Grande, do Manuel João, erguer a 1ª casa. Socorro Paparrina, no cruzamento da hoje Estrada Velha com a Avenida, abriu a sua casa noturna e a galera apelidou de “Cabeça da Égua “. Era longe, retirado da cidade, porque o ponto de referência de partida era o Comércio de Antônio Ribeiro e Zila, na rua da Barata.

Sempre politizada. Não conheço uma cidade onde se fala mais de política do que em Arari. Isso é bom. Os “senadinhos” existentes hoje em Arari, politicamente falando, já existiam. Havia 02: um na porta de Domingo Cascavel, que morava onde hoje é a praça da Santa, do lado da casa do Padre, de frente para o fundo da Igreja. Não havia muro nos fundos da Igreja. Esse espaço nós, crianças, usávamos como campo de futebol. E era na porta de Dum que a galera se reunia. E o outro “senadinho“ era no Perimirim, na porta de Jurandir Aires, debaixo de mangueiras.

Hoje com essa cidade esparramada sobre campos e tesos, esses “senadinhos” se multiplicaram. Vou citar os que lembro neste momento: tem um na região que mora João de Irineu, na avenida; outro na rua Hoendel Hayden; nas proximidades da casa de Cícero, tem o da rua da Franca, com Santa Luzia; tem o da porta de Carlos Chaves no Recanto Florido; lá na rua João Paulino; tem o da porta de Elias, nas Malvinas; tem o da porta de Juarez…; Qualquer político arariense sabe onde são esses lugares e do que estou escrevendo. Desde de Evando Piancó, Dini Jackson, Júnior Boy, Cafezinho, Nilson Ericeira, Álvaro Jardim, Leão Santos, Rui Filho, Bibi Cascavel, Jocei Jardim, Jecé Júnior, Márcio Jardim, seo Cré, enfim, todos sabem que nesses “points “ o assunto política partidária alimenta a veia pulsante na cidade.

Desses 155 anos de Arari, resido aqui há 55 anos e vejo uma cidade onde o melhor dela é o arariense com o seu espírito fraterno, acolhedor e solidário.

Viva Arari, a nossa terra e a nossa gente!

 

 

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