Houve contrariedade no Palácio do Planalto com o anúncio do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), sobre o adiamento da votação reforma da Previdência para fevereiro.

A Presidência chegou a soltar uma nota afirmando que Michel Temer ainda não definiu a data de votação e só o fará após conversar com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

A estratégia do governo era guardar o anúncio para esta quinta, para evitar o esvaziamento do debate sobre o relatório como havia definido o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia.

Nos bastidores, o governo já dava como certa a impossibilidade de votar na próxima semana a reforma da Previdência.

A senha para o adiamento foi o anúncio da votação do Orçamento para a noite desta quarta-feira. Mas, apesar da evidência, o Planalto queria trabalhar melhor o anúncio do adiamento, já com o início formal do debate sobre a reforma da Previdência.

“O anúncio aconteceu da pior forma, pois foi feita no Senado, quando o debate estava na Câmara”, criticou o vice-líder do governo, deputado Beto Mansur.